domingo, 18 de janeiro de 2009

Zohan Total





Adam Sandler não é uma unanimidade no meio cinematográfico, porém, tem um grande público lá fora, e aqui no Brasil. Suas comédias são grande sucesso de locações, mas nunca de crítica. Sandler teve duas grandes atuações na carreira até agora. Em 2002, no excelente Embriagado de Amor de Paul Thomas Anderson, e no pouco visto, Reine Sobre Mim de Mike Binder. São dois dramas, no qual ele saiu muito bem, e não teve seu valor devidamente reconhecido.

Desde que estreou no cinema com Happy Gilmore, onde fazia um homem com cabeça de criança, e montou sua própria produtora, a Happy Madson, Sandler fez comédias para a família (Paizão), escatológicas (Little Nicky), e dramáticas (Click). Em Como se Fosse a Primeira Vez, talvez tenha feito seu maior sucesso, por não ter apelado tanto e colocado um pouco de sentimento em meio ao romance com uma moça que precisa ser conquistada todo dia. Em 2007 lançou “Eu os declaro Marido e Larry”, e agradou novamente o público, mesmo tratando do tema do homossexualismo totalmente estereotipado.
Estereotipo. Essa é a palavra que começo usando para descrever a atrocidade cometida por ele em “Zohan – O agente bom de corte”. Interpretando um agente do Mossad que finge sua morte para seguir seu sonho de ser cabeleireiro nos EUA.
Não sou moralista e curto humor politicamente incorreto praticado por ele vez ou outra, mas dessa vez Sandler errou feio. Os trejeitos de Zohan são de dar vergonha de assistir ao filme com alguém do lado. O personagem anda como se dançasse disco music dos anos 70/80, e usa camisetas agarradas com a foto da “cantora” Mariah Carrey.

O “sotaque” árabe é irritante, e forçado (semelhante ao sotaque do leste europeu que Angelino Jolie tentou fazer em Alexandre).

O filme mostra a rivalidade entre israelenses e palestinos de uma forma que é impossível de acreditar como não houve boicote ao filme por instituições ligadas as duas partes após um ano que filmes como “Ensaio Sobre a Cegueira” e “Trovão Tropical” foram boicotados por mostrar respectivamente cegos como monstros, e negros de uma forma novamente estereotipada . Imigrantes árabes são mostrados como vendedores aproveitadores de eletrônicos de segunda, e taxistas emputecidos que pouco se importam com seus passageiros.

Ainda assim o que mais espanta na ruindade do filme, é que Sandler se juntou ao Midas da comédias norte-americana, Judd Appatow , diretor dos excelentes Ligeiramente Grávidos e O Virgem de 40 anos e produtor de Superbad. Appatow roteirizou o longa juntamente a Sandler e Romert Smigel (que até então só tinha experiência em roteiros do programa , Saturday Night Live). O filme não mostra nenhuma das características presentes em outros longas que tiveram o toque do produtor. Zohan tem superpoderes, e transa freneticamente com as velinhas que aparecem no salão para “cortar cabelo” com ele. Isso não pode ter surgido da mente criativa de Appatow, que sempre da uma profundidade maior as comédias que participa. O filme tem cenas constrangedoras de péssimo mau gosto e sem graça. Um bom exemplo é o bate bola usando um gato como bola, ou a transa de Zohan com a mãe de um amigo. O roteiro é composto por frases do tipo “Escute seu pinto” ou “Eu vou levar você pra dançar após transar com sua mãe”. Ainda há uma tentativa hipócrita de passar uma mensagem “legal” sobre a briga entre palestinos e israelenses, quando Zohan se apaixona pela cabeleireira palestina.

O ator John Turturro repete a parceria que fez com Sandler em “A Herança de Mr Deeds”, mas dessa vez entra no clima do filme e entrega um papel tão ruim, quanto o apresentado em Transformers.
Esse certamente é o primeiro grande erro na carreira de Adam Sandler e Judd Apattow, que terão a chance de se redimir com a comédia “ Funny People”, que se passa nos bastidores do stand-up norte-americano.

Quanto ao Zohan, façam de acordo com o nome origianl ( You dont mess with Zohan), e não mexam com ele.


quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Minha primeira vez...

A visão fica turva
as pernas amolecem
as mão tremem
você senta pra tomar um pouco de ar
começa a pensar no que fez de errado
você se sente a pior pessoa do mundo
as coisas perdem o sentido
eu não matei ninguém
eu peguei uma DP
FILHO DA PUTA DO PROFESSOR, EU ESTUDEI PRA CARALHO!!!
tudo em vão, caso tivesse levado nas coxas, eu teria passado.
Na puc quanto mais você se esforça, mais você se fode.
Pelo menos, comigo foi assim. sempre foi!
Já diria maranha: cansei 2008
Já diria o gota: tô que se foda!
AGORA EU DIGO:
VAI TOMAR NO MEIO DO SEU CU 2008!



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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Pó para cu pó

Eu achava que já tinha visto de tudo.
Daniella me mostrou que não, confiram:

http://www.youtube.com/watch?v=op3HZtYb4oo

Acho que a Ivete Sangalo pode se aposentar em paz...
Indico esse vídeo ao amigo Fabio Assunção


Morri!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Quem ama o feio, bonito lhe parece, ou é mais feio ainda

Esses dias eu parei em frente a uma banca de revistas e me deparei com uma capa que dizia mais ou menos o seguinte:
"Atrizes de rede Globo brigam pelo amor de Paulinho Vilhena
"
Ou seja, Tarcisio Meira chora todo dia e Antonio Fagundes bloqueou todo mundo no Msn só de raiva.
Mas aí, vejo na internet a seguinte "notícia":
"Claudia Jimenez dá selinho em Paulo Vilhena na festa da ex"
Primeiro, achei ter lido errado, podia ter sido a Mariana Ximenes sei lá. Mas não, realmente foi essa" Fera ae" ( já diria o Faustão).
Bom se foi uma briga mesmo, eu acho que a Claudia Jimenez sentou em cima das concorrentes, ou então o Paulinho Vilhena tá andando muito com o Fábio Assunção.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Eu voltei (não que isso vá mudar a sua vida)







Para quem achava que o blog morreu....



BRINKS, ELE TÁ MAIS VIVÃO QUE JESUS NA PÁSCOA!


Pretendo competir com as bobagens postadas no soma, o blog mais acessado de Sousas e região.
Não esperem de mim textos elaborados nem o uso do português na sua forma mais correta, eu adoto gírias desconhecidas e texto sem nexo.
Nesse exato momento em que acontece a ressurreição do blog, tem gente tomando fumada na aula de aplicado de online. COMOFAS OMG!

terça-feira, 25 de março de 2008

Eu estive lá




No auge de seus 66 anos e sorrindo mais que o habitual, Bob Dylan subiu no palco do Via Funchal as 22 horas, com uma pontualidade quase britânica, apesar de ser um exemplar raro da música folk dos Estados Unidos.
Vestido todo de preto, com um chapéu de abas retas, muito semelhante ao usado na capa do LP “Desire” (1976), Dylan tocou o primeiro hit da noite, Leopard-Skin Hat-Pill Box. Com a costumeira voz rouca e arranjos totalmente diferentes das versões originais, a música não permitia um fácil reconhecimento.
É bom ressaltar: há um bom tempo Dylan já não usa os arranjos convencionais em suas músicas mais conhecidas. Em cada turnê, são tocadas de formas diferentes, o que causa uma estranheza inicial nos ouvintes, que, sentados em suas cadeiras, entram em euforia após finalmente reconhecer a música que está sendo reinventada.
O show foi, literalmente, para poucos: além da reconstrução das próprias músicas, Dylan fez o público gastar um bom dinheiro no ingresso, que variava de 250 a 900 reais. Só não se decepcionou aquele que realmente compreende a obra de mais de 40 anos do compositor.
As duas canções seguintes mal foram percebidas pelo público, que ainda esperava algum hino. It Ain’t Me, Baby, de 1964 e I’ll Be Your Baby Tonight de 67, causaram apenas alguns gritos abafados por outras tantas palmas. O show animou quando o cantor tocou Masters of War, considerada por muitos – e negada por Dylan – como um hino dos direitos civis da década de 60. As inevitáveis músicas do último trabalho, Modern Times, considerado pela revista Billboard como o melhor álbum de 2006 tomaram corpo quando Dylan acampou na frente do teclado, onde ficaria até o fim do show. Entre elas, vale destacar Spirit On The Water e When the Deals goes Down, executadas com perfeição pela banda de apoio.Outros clássicos ainda foram tocadas, como Highway 61 Revisited e Stuck Inside a Mobile. Dylan causou surpresa quando tocou Things Have Changed, música ganhadora do Oscar em 1997, rilha sonora do filme Garotos Incríveis, dirigido por Curtis Hanson e estrelado por Michael Douglas e Robert Downey Jr. O refrão, “People are crazy and times are strange, I'm locked in tight, I'm out of range I used to care but - things have changed” foi cantada em alguns cantos do Via Funchal, mas nada comparado a música que fecharia essa primeira parte do show. Like a Rolling Stone, que já rendeu gritos de revolta (“Judas! Traidor!”) ao ser tocada em guitarras elétricas pela primeira vez no The Royal Albert Hall em Londres, comoveu o público paulista, que levantou das mesas para cantar um dos maiores sucessos de sua carreira. Após o êxtase, foi dada uma pausa na apresentação. Cinco minutos de silêncio foram interrompidos por alguns gritos de “Bob Dylan! Bob Dylan!”. Toda a banda estava voltando ao palco. Após apresentar cada integrante, Thunder On The Mountain, som country que lembra as raízes da música norte-americana, e também é a música de abertura do último cd do compositor.
E para fechar a primeira noite de apresentação no país após mais de dez anos, Dylan contrariou as expectativas criadas em torno de Blowin in the Wind, uma de suas músicas mais famosas, e tocou All Along The Watchtower, que também fez sucesso na voz e na guitarra do lendário Jimi Hendrix. A canção fechou a primeira apresentação da turnê Never Ending Tour no Brasil.
O repertório do show percorreu as diversas fases e faces de Dylan, que poderão ser vistas no filme que estréia ainda em março no Brasil, “Não Estou Lá”, do diretor Todd Haynes. No longa-metragem, Bob Dylan é interpretado por sete atores e atrizes que encarnam o cantor em diversas fases de sua vida. E por mais variadas que essas faces tenham sido, ao menos por uma noite, São Paulo pode ver que o bardo da música folk, apesar da idade, se divertiu como criança.

domingo, 16 de setembro de 2007

O que importa é como você caminha através do fogo

Eu quero viajar.
Seja pela estrada, seja pelas palavras.
Só não quero mais essa rotina, essa forma quadrada de se viver e escrever.
É uma fórmula que nos obrigam a seguir a risca.Prefiro conviver com pessoas sarcásticas, que não sejam convencionais e muito menos um estereotipo da minha geração.
O jornalismo informativo já não me atrai. Maçante e repetitivo. Quando a noticia muda a fórmula é a mesma.
Eu não quero viver assim e muito menos escrever.
Rock, cinema e cerveja. Rodeado de amigos. Utopia.
Não quero que minha vida seja como um lide. Sempre cheia de “porquês”.
Pé na estrada sem rumo, sem destino.
Amar mais, pois é impossível dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse?
Quando velho, que minha vida seja apenas ereções, ejaculações e exibicionismos.
É apenas sonho, mas às vezes é melhor sonhar do que ficar acordado.
Pode parecer meio clichê, mas olhe para o lado, e veja o quão clichê é sua vida nesse exato momento.
Porque no fim o importante é como você caminha através do fogo.

*cuidado pra não queimar, caso contrário, você pode e deve gritar.