terça-feira, 7 de agosto de 2007

interpretação não, reencarnação.


Isso é fato.
No final das mais de duas horas de filme, é certo que Val Kilmer encontrou o índio que possuia o corpo de Jim Morrison durantes os shows do Doors e assim também pode encarnar o maior poeta cantor do século passado.
Só assim para explicar o quão impressionante é a "interpretação" dele.
O filme da enfoque principalmente ao lado chapado e psicótico de Morrison, e deixa passar a oportunidade de mostrar sua genialidade poética, o que na época do lançamento do filme, chateou os remanecentes da banda (leia-se: Ray Manzarek, John Densmore e Robby Krieger).
A obra de Oliver Stone mostra como a banda se conheceu na metade dos anos 60, no auge do calor californiano. É claro que o personagem principal é o REI LAGARTO ( como Jim Morrison se auto-intitulava), e seus casos, entre eles Nico (que se apresentava juntamente com a banda Velvet Underground), uma jornalista ligada a bruxaria que o fez beber sangue certa vez, e seu amor eterno, Pamela.
Alguns fatos históricos da banda são retratados, como as duas vezes em que Jim foi preso (uma por desafiar um policial em cima do palco e outra por mostrar o "membro"), o encontro com o artista plástico ( e também produtor do Velvet) Andy Warhol, que presenteia Morrison com um telefone dourado, que segundo ele, tinha ligação direta com Deus.
O filme viaja entre o ápice e o fundo do poço, mostrando o vocalista se afundando em drogas e bebidas.
Talvez o modo como a história foi contada não seja assim tão impressionante, porém, o que Val Kilmer fez, é assustador (reza a lenda que durante as filmagens o ator não atendia quando o chamavam pelo seu nome, apenas quando diziam Jim) além de ter cantado as músicas do filme, o ator encarna o frontman do Doors de uma forma que em certo ponto do filme, faz esquecer que aquilo é um filme, e mais parecem imagens dos bastidores da vida do cantor.
De certa forma, Kilmer levou a sério a frase que cunhou o nome da banda:" se as portas da percepção fossem abertas, tudo apareceria ao homem como realmente é, infinito".

* demorei tanto tempo pra ver o filme que a tietagem foi inevitável.

4 comentários:

marina aranha disse...

e depois de tanta espera, hein?
belo texto e meus parabéns pelo triunfo de ter visto o filme que tanto queria! agora é só achar 'bobby' pra mim com um dos seus contatos! haha
morrison por morrison, buscou tanto o filme quanto 'you give me something'. yés!

Anônimo disse...

Naciiiiiiiiiiim!
Cara, parabéns mesmo!!!
Agora vc pegou no meu ponto fraco, hein...
Virei tua fã!
Ahsiuahisuh...
Não, brincadeira, já era antes...
Desde que te adicionei no orkut, lembra?
AHusihaiuhsiuh...
Tá bom, parei...
Comentários toscos a parte, adorei o texto, riquíssimo em informações e com um tom áspero sensacional...
Parabéns Nacim!!!!! Vc tá na carreira certa.. ;]
Bjão!!!! :***

Anônimo disse...

Parabéns Ná...
texto mto bem escrito!!

Daniella Cornachione disse...

Muito bom o texto Nacilius! Eu não vi o filme, mas pela descrição vale a pena. É interessante quando a interpretação se sobressai e acaba deixando a produção legal, mesmo que o roteiro não seja lá aquelas coisas (não que a carreira deles tenha sido!)
Eu acabei de ver um filme assim, O Primo Basílio, sabe? Pois é, eu tô meio cheia da estória, mas as autações salvam.
Ah, enfim, gostei da resenha, vc é bastante bom nisso. Parabéns!